Neste final de semana iniciamos aqui no RS, com a presença de Plínio, o debate sobre o programa de governo do PSOL para o Brasil. Um dos temas que mais me interessam, e que me parece ser central, é a questão da reforma tributária. Eu participei da Comissão da Reforma Tributária na Câmara, e lá apresentei, em nome do PSOL um conjunto de propostas que estão disponíveis no link Mandato. Recente artigo publicado no Estadão traz dados interessantes para reforçar as nossas propostas: Uma pesquisa da FIPE em 2004 calculou que a carga tributária chegava a 48,8% da renda para famílias que recebem até dois salários mínimos, contra 26,3% da renda das famílias que recebem mais de 30 salários mínimos.Índices semelhantes foram divulgados pelo IPEA em 2008, apontando um aumento da incidência sobre os mais pobres pra 53,9% da renda, contra 29% dos mais ricos. Isso é assim pois o imposto sobre o consumo e o salário é muito maior do que o imposto sobre a propriedade e a renda. Quem consome tudo o que ganha paga mais do que quem adquire propriedades e faz aplicações financeiras.
Os números mostram que as famílias mais pobres suportam uma carga tributária 86% superior a das mais ricas, e essa regressividade vem avançando no governo Lula. Nesta semana volta à pauta da CCJ o meu projeto de regulamentação da criação do Imposto sobre as Grandes Fortunas, previsto na Constituição e nunca aplicado. PSDB e DEM vão vir com a ladainha contra novos impostos. A questão não é essa. A questão é quem paga, e quem deveria pagar mais.
Fonte; blog da Luciana, lucianagenro.com.br
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Quem mais paga impostos no Brasil?
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Roberto Robaina
Mais de 280 mil pessoas pedem votação da PEC 438
A deputada Luciana Genro esteve nesta quarta-feira, 26, na audiência com o presidente da Câmara Federal, Michel Temer, em que foram entregues as assinaturas coletadas em favor da votação da Proposta de Emenda Constitucional 438, que determina a expropriação das terras onde for flagrado trabalho escravo. Mais de 280 mil pessoas participaram do abaixo-assinado.
A PEC já foi aprovada no Senado, e também em primeiro turno na Câmara, mas a bancada do agronegócio tem resistido a votar o segundo turno, que aguarda há mais de um ano pelo retorno à pauta. Participaram ainda da audiência os atores Sérgio Mamberti e Wagner Moura, que tem sido uma espécie de padrinho da PEC, através do Movimento Humanos Direitos, e os deputados Chico Alencar (PSOL/RJ) e Paulo Rubem (PDT/PE).
Vamos intensificar a pressão para que seja colocada na pauta a PEC que determina a desapropriação de áreas onde seja encontrado trabalho escravo. Embora já tenha sido aprovada em primeiro turno, ela enfrenta resistências grandes dos parlamentares ligados ao agronegócio. Dados do Ministério do Trabalho indicam que quase 4 mil pessoas foram resgatadas em situação de trabalho escravo em 2009. O senador José Nery, do PSOL/PA, está à frente dessa luta.”
Leia mais no Blog da Luciana
Mais informações sobre a PEC 438 em josenery.com.br
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quarta-feira, 19 de maio de 2010
Marcha Nacional contra a Homofobia
A Esplanada dos Ministérios foi palco, nesta quarta-feira, 19, da manifestação de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais de várias partes do Brasil, na I Marcha Nacional contra a Homofobia. Entre as reivindicações, estão a garantia do Estado laico, o combate aos fundamentalismos, a aprovação do projeto que trata da criminalização da homofobia e que o Supremo Tribunal Federal rejeite as ações que julgam inconstitucional a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Ontem, dia 18, a Câmara dos Deputados sediou o 7º Seminário LGBTT, realizado pelas Comissões de Direitos Humanos e Minorias e Legislação Participativa.
“Essa é uma luta contínua, mas que irá vencer esse preconceito mesquinho”, afirmou a deputada Luciana Genro, que participou da marcha com a bancada do PSOL. Para ela, as pessoas que se mostram contra LGBTT, a união de casais do mesmo sexo e a criminalização da homofobia na verdade não assumem a própria sexualidade.
O pré-candidato do PSOL à presidência da República, Plínio de Arruda Sampaio, declarou: “Liberdade a todas as formas de escolha. Meu sonho é uma sociedade sem preconceitos”.
Fonte: Liderança do PSOL
Do blog da Luciana
Legislativo está atrasado no combate à homofobia
O Poder Legislativo é o mais atrasado no reconhecimentos dos direitos dos homossexuais e no combate à homofobia. Essa foi a tônica das falas, ontem, no 7º Seminário LGBT que aconteceu aqui na Câmara. Recentemente o Poder Judiciário gaúcho foi pioneiro no reconhecimento do direito de um casal de mulheres em adotar uma criança. O Ministério da Saúde fez uma peça publicitária em defesa dos travestis, que diz: “Sou travesti, tenho direito de ser quem sou.” Mas na Câmara temos dificuldades em aprovar até mesmo projetos de lei básicos, como a instituição do Dia Nacional de Combate à Homofobia, proposto pela deputada Fátima Bezerra em 2007. A união civil entre pessoas do mesmo sexo, então, nem se fala!
Essas dificuldades são resultado do preconceito que ainda existe em amplos setores da sociedade, e em muitos casos são estimulados por setores das igrejas. Dom Dadeus Grings, o arcebisto de Porto Alegre, chegou a dizer algo assim: “Defendem tanto os direitos dos homossexuais, daqui a pouco vão começar a defender os direitos dos pedófilos.” Dá prá acreditar?
Por tudo isso as mobilizações LGBT são muito importantes para ir quebrando essas concepções atrasadas e criando um clima de respeito à diversidade. As paradas gay que acontecem todos os anos já deram uma contribuição grande nesse sentido. É importante também que seja ampliada a representação LGBT na Câmara Federal e nas assembleias legislativas. O PSOL vai apresentar candidatos do movimento LGBT em vários estados. No Rio de Janeiro, o ex-BBB, antropólogo Jean Willis e, no Rio Grande do Sul, o policial rodoviário federal Maicon Nachtigall são exemplos de militantes da causa LGBT que demonstram a seriedade dessa luta!
Fonte: www.lucianagenro.com.br
O Poder Legislativo é o mais atrasado no reconhecimentos dos direitos dos homossexuais e no combate à homofobia. Essa foi a tônica das falas, ontem, no 7º Seminário LGBT que aconteceu aqui na Câmara. Recentemente o Poder Judiciário gaúcho foi pioneiro no reconhecimento do direito de um casal de mulheres em adotar uma criança. O Ministério da Saúde fez uma peça publicitária em defesa dos travestis, que diz: “Sou travesti, tenho direito de ser quem sou.” Mas na Câmara temos dificuldades em aprovar até mesmo projetos de lei básicos, como a instituição do Dia Nacional de Combate à Homofobia, proposto pela deputada Fátima Bezerra em 2007. A união civil entre pessoas do mesmo sexo, então, nem se fala!
Essas dificuldades são resultado do preconceito que ainda existe em amplos setores da sociedade, e em muitos casos são estimulados por setores das igrejas. Dom Dadeus Grings, o arcebisto de Porto Alegre, chegou a dizer algo assim: “Defendem tanto os direitos dos homossexuais, daqui a pouco vão começar a defender os direitos dos pedófilos.” Dá prá acreditar?
Por tudo isso as mobilizações LGBT são muito importantes para ir quebrando essas concepções atrasadas e criando um clima de respeito à diversidade. As paradas gay que acontecem todos os anos já deram uma contribuição grande nesse sentido. É importante também que seja ampliada a representação LGBT na Câmara Federal e nas assembleias legislativas. O PSOL vai apresentar candidatos do movimento LGBT em vários estados. No Rio de Janeiro, o ex-BBB, antropólogo Jean Willis e, no Rio Grande do Sul, o policial rodoviário federal Maicon Nachtigall são exemplos de militantes da causa LGBT que demonstram a seriedade dessa luta!
Fonte: www.lucianagenro.com.br
Luciana denuncia violência policial no Pará
A deputada Luciana Genro entregou nesta terça-feira, 18, denúncia à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal sobre violência policial cometida no bairro Império do Tapajós, em Santarém, PA, comunidade que ela visitou neste último final de semana. A associação de moradores relatou à parlamentar que, mesmo com autorização da Justiça para realizar um acampamento às margens da Rodovia Fernando Gilhom, manifestantes foram surpreendidos pela polícia. Sem qualquer mandado judicial de reintegração de posse, os policiais invadiram a área e entraram em confronto com o movimento, que reivindica o direito à moradia. A associação denuncia que tais arbitrariedades foram cometidas a mando da prefeita de Santarém, que não tem autoridade sobre a ação policial.
Leia a denúncia entregue por Luciana:
Of. n. 26 /2010/CD
Exma Sra.
Iriny Lopes (PT/ES)
Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias
Câmara dos Deputados
Venho a V. Exa. informar sobre grave denúncia recebida da Associação Comunitária de Moradores do Bairro Império do Tapajós, de Santarém-PA, sobre arbitrariedade e violência cometidas pela Polícia Militar do Pará.
Conforme relata a Associação, mesmo garantidos por liminar concedida pela Justiça, os associados estavam reunidos às margens da Rodovia Fernando Gilhom quando foram surpreendidos pela Polícia que, sem mandado judicial de reintegração de posse, invadiu a área e entrou em confronto com o movimento, que reivindica o direito à moradia.
A Associação também denuncia que tais arbitrariedades cometidas pela Polícia foram executadas a mando da Prefeita da Cidade de Santarém, sem autorização do comando de policiamento da capital.
Desta forma, solicito à Comissão a investigação e apuração destes fatos, de modo a permitir a garantia à moradia dos associados, e a punição dos responsáveis pelos atos arbitrários e violentos.
Cordialmente,
Luciana Genro
Fonte: www.lucianagenro.com.br
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Do blog da Luciana
Zero Hora de domingo tem exemplo de mau jornalismo
A matéria sobre a suposta facilidade em fazer partidos políticos, publicada pela ZH de domingo, é um exemplo de como não se faz jornalismo: o repórter é pautado por uma tese, e tem que fazer a realidade se encaixar nela. Foi isso que aconteceu. Leiam o email que enviei à editora de política do jornal, Rosane de Oliveira, ainda no sábado à noite. Nada foi publicado nesta segunda feira.
Rosane,Te escrevo para um protesto veemente em relação à matéria de ZH dominical, sobre ser fácil fazer um partido. Vocês passaram por cima de informações importantes. O fato é que ERA fácil fazer um partido. A lei mudou recentemente, e um dado que vocês colocaram sem muita importância na matéria é fundamental: a necessidade de coletar cerca de meio milhão de assinaturas,com nome completo, data de nascimento e número do título eleitoral,que são devidamente checados pelos cartórios eleitorais. Cada uma das assinaturas tem que bater com a assinatura do cidadão lá na sua zonal eleitoral, ou ela não é validada. Somente o PSOL e o PR, do vice José Alencar, tiveram que passar por este processo. Os demais partidos foram formados pela lei antiga, onde bastava os 101 fundadores.Aí sim fica fácil. Tu não tens idéia do que é coletar meio milhão de assinaturas, sem ter dinheiro nem nenhuma estrutura partidária. Aqui no RS nos coletamos 100 mil, só com trabalho militante. O processo de formação e legalização do PSOL levou 1 ano! Muitas assinaturas eram devolvidas pelos cartórios pois a pessoa tinha assinado diferente do que constava na zona eleitoral. Aí tinha que ser refeita. Seria justo que os demais partidos também tivessem que coletar estas assinaturas! É claro que para quem tem dinheiro, ou a igreja como no caso do PR, pode não ser tão complicado, mas para nós foi um verdadeiro PARTO! Por isso não posso deixar de registrar a minha discordância das facilidades vendidas na matéria de ZH, até em respeito aos militantes que passaram um trabalhão, debaixo de chuva e sol, enfrentando o ceticismo e a legítima repulsa das pessoas aos partidos políticos, para poder por de pé uma nova alternativa de esquerda para o Brasil.obrigada pela atenção, Luciana..
A matéria sobre a suposta facilidade em fazer partidos políticos, publicada pela ZH de domingo, é um exemplo de como não se faz jornalismo: o repórter é pautado por uma tese, e tem que fazer a realidade se encaixar nela. Foi isso que aconteceu. Leiam o email que enviei à editora de política do jornal, Rosane de Oliveira, ainda no sábado à noite. Nada foi publicado nesta segunda feira.
Rosane,Te escrevo para um protesto veemente em relação à matéria de ZH dominical, sobre ser fácil fazer um partido. Vocês passaram por cima de informações importantes. O fato é que ERA fácil fazer um partido. A lei mudou recentemente, e um dado que vocês colocaram sem muita importância na matéria é fundamental: a necessidade de coletar cerca de meio milhão de assinaturas,com nome completo, data de nascimento e número do título eleitoral,que são devidamente checados pelos cartórios eleitorais. Cada uma das assinaturas tem que bater com a assinatura do cidadão lá na sua zonal eleitoral, ou ela não é validada. Somente o PSOL e o PR, do vice José Alencar, tiveram que passar por este processo. Os demais partidos foram formados pela lei antiga, onde bastava os 101 fundadores.Aí sim fica fácil. Tu não tens idéia do que é coletar meio milhão de assinaturas, sem ter dinheiro nem nenhuma estrutura partidária. Aqui no RS nos coletamos 100 mil, só com trabalho militante. O processo de formação e legalização do PSOL levou 1 ano! Muitas assinaturas eram devolvidas pelos cartórios pois a pessoa tinha assinado diferente do que constava na zona eleitoral. Aí tinha que ser refeita. Seria justo que os demais partidos também tivessem que coletar estas assinaturas! É claro que para quem tem dinheiro, ou a igreja como no caso do PR, pode não ser tão complicado, mas para nós foi um verdadeiro PARTO! Por isso não posso deixar de registrar a minha discordância das facilidades vendidas na matéria de ZH, até em respeito aos militantes que passaram um trabalhão, debaixo de chuva e sol, enfrentando o ceticismo e a legítima repulsa das pessoas aos partidos políticos, para poder por de pé uma nova alternativa de esquerda para o Brasil.obrigada pela atenção, Luciana..
terça-feira, 11 de maio de 2010
Deputada propõe alteração na Lei da Anistia
A deputada federal Luciana Genro (PSOL/RS) apresentará nesta terça-feira, projeto que altera o texto da Lei da Anistia, apenas acrescentando uma frase: “Tortura não é crime conexo.” A sentença já constava em projeto de lei apresentado pelo então deputado Marcos Rolim, em 1999.
Luciana entrou em contato com Rolim que autorizou a reapresentação da proposta em seu nome. “O deputado dedicou a sua militância aos direitos humanos e foi uma referência nessa área”, elogia a parlamentar. “Tal mudança legal seria desnecessária se o STF tivesse julgado diferente, mas diante da decisão daquela Corte, cabe agora tentar mudar a lei”, justifica.
O Brasil está prestes a ser julgado na Corte Interamericana de Direitos Humanos e tudo indica que será condenado por descumprir os preceitos internacionais de garantir que violações aos direitos humanos sejam devidamente investigadas, julgadas e punidas.
Diário Regional, 11 de maio de 2010
Luciana entrou em contato com Rolim que autorizou a reapresentação da proposta em seu nome. “O deputado dedicou a sua militância aos direitos humanos e foi uma referência nessa área”, elogia a parlamentar. “Tal mudança legal seria desnecessária se o STF tivesse julgado diferente, mas diante da decisão daquela Corte, cabe agora tentar mudar a lei”, justifica.
O Brasil está prestes a ser julgado na Corte Interamericana de Direitos Humanos e tudo indica que será condenado por descumprir os preceitos internacionais de garantir que violações aos direitos humanos sejam devidamente investigadas, julgadas e punidas.
Diário Regional, 11 de maio de 2010
Fim do fator previdenciário não quebra o Brasil!
07/05/2010
Com a aprovação do fim do fator previdenciário, em votação na Câmara na noite de terça-feira, voltou-se a falar do famoso déficit da Previdência. Uma grande mentira. A seguridade social é superavitária. O que acontece é que o governo retira recursos da seguridade para repassar a outros órgãos. No primeiro semestre de 2009 o superávit foi de R$ 20 bilhões. Em 9 anos foram retirados da seguridade mais de R$ 114 bilhões. Isso sem considerar a DRU. Esse mecanismo permite que o governo desvie 20% da receita da seguridade para outros fins, por exemplo, para o pagamento da dívida pública. Sem a DRU o superávit da seguridade entre 2000 e 2007 teria sido de R$ 400 bilhões. A seguridade é composta pelas contribuições dos trabalhadores e aposentados e por outras constribuições, como a COFINS e a CSLL, pagas pelas empresas. Mas o governo e os economistas neoliberais omitem essa informação, como se o cálculo devesse ser feito só com as contribuições das pessoas. Por isso falam em déficit. O problema do Brasil não são os aposentados, mas sim a dívida pública, que consome 36% do orçamento do país. Isso sim está quebrando o Brasil. Quando falam em responsabilidade fiscal não mencionam esse grave problema, sempre querendo colocar nas costas do trabalhador os problemas financeiros, arrochando salários e aposentadorias. O fator previdenciário fez o governo economizar R$ 10 bilhões em 10 anos, portanto custa R$ 1 bi/ano. Portanto o fim desse mecanismo perverso que faz quem se aposenta perder poder aquisitivo não vai quebrar o Brasil, vai sim é movimentar a economia pois esse dinheiro em circulação será muito útil para o Brasil. Não se enganem com falsos discursos dos que estão interessados em seguir transferindo renda dos trabalhadores e aposentados para o mercado financeiro e os especuladores!
Leia também: Denise Gentil denuncia em tese de doutorado a falsa crise da Previdência Social no país
Fonte: Blog da Luciana, www.lucianagenro.com.br
Com a aprovação do fim do fator previdenciário, em votação na Câmara na noite de terça-feira, voltou-se a falar do famoso déficit da Previdência. Uma grande mentira. A seguridade social é superavitária. O que acontece é que o governo retira recursos da seguridade para repassar a outros órgãos. No primeiro semestre de 2009 o superávit foi de R$ 20 bilhões. Em 9 anos foram retirados da seguridade mais de R$ 114 bilhões. Isso sem considerar a DRU. Esse mecanismo permite que o governo desvie 20% da receita da seguridade para outros fins, por exemplo, para o pagamento da dívida pública. Sem a DRU o superávit da seguridade entre 2000 e 2007 teria sido de R$ 400 bilhões. A seguridade é composta pelas contribuições dos trabalhadores e aposentados e por outras constribuições, como a COFINS e a CSLL, pagas pelas empresas. Mas o governo e os economistas neoliberais omitem essa informação, como se o cálculo devesse ser feito só com as contribuições das pessoas. Por isso falam em déficit. O problema do Brasil não são os aposentados, mas sim a dívida pública, que consome 36% do orçamento do país. Isso sim está quebrando o Brasil. Quando falam em responsabilidade fiscal não mencionam esse grave problema, sempre querendo colocar nas costas do trabalhador os problemas financeiros, arrochando salários e aposentadorias. O fator previdenciário fez o governo economizar R$ 10 bilhões em 10 anos, portanto custa R$ 1 bi/ano. Portanto o fim desse mecanismo perverso que faz quem se aposenta perder poder aquisitivo não vai quebrar o Brasil, vai sim é movimentar a economia pois esse dinheiro em circulação será muito útil para o Brasil. Não se enganem com falsos discursos dos que estão interessados em seguir transferindo renda dos trabalhadores e aposentados para o mercado financeiro e os especuladores!
Leia também: Denise Gentil denuncia em tese de doutorado a falsa crise da Previdência Social no país
Fonte: Blog da Luciana, www.lucianagenro.com.br
Mudar a Lei da Anistia – proposta de Marcos Rolim
10/05/2010
Inconformada com a decisão do STF de considerar a anistia válida para os torturadores da ditadura militar, recebi a informação de Suzana Lisbôa, ativista da justa causa dos direitos humanos, de que o ex-deputado federal Marcos Rolim havia apresentado um projeto de lei que acrescentava na famigerada lei da anistia a simples e defintiva frase: “Tortura não é crime conexo.” Pesquisei e localizei a proposta, protocolada em 1999 pelo deputado que dedicou a sua militância aos direitos humanos e que foi uma referência nessa área. Entrei em contato com ele e pedi sua autorização para reapresentar a proposta, agora em meu nome, visto que ele não é mais deputado. Autorização recebida, estou apresentando amanhã o projeto que era de Marcos Rolim. Tal mudança legal seria desnecessária se o STF tivesse julgado diferente, mas diante da decisão daquela Corte, cabe agora tentar mudar a lei. Além do mais, o Brasil está prestes a ser julgado na Corte Interamericana de Direitos Humanos e deverá ser condenado por descumprir os preceitos com os quais se comprometeu no âmbito internacional, isto é, garantir que violaçõe aos direitos humanos sejam devidamente investigadas, julgadas e punidas. A manutenção de qualquer óbice legal ao julgamento e punição de torturadores colide com os princípios do direito internacional aos quais o Brasil, voluntariamente, se comprometeu a respeitar. Não precisamos e não devemos, portanto, aguardar uma condenção da Corte Interamericana dos Direitos Humanos.
Fonte: Blog da Luciana, www.lucianagenro.com.br
Inconformada com a decisão do STF de considerar a anistia válida para os torturadores da ditadura militar, recebi a informação de Suzana Lisbôa, ativista da justa causa dos direitos humanos, de que o ex-deputado federal Marcos Rolim havia apresentado um projeto de lei que acrescentava na famigerada lei da anistia a simples e defintiva frase: “Tortura não é crime conexo.” Pesquisei e localizei a proposta, protocolada em 1999 pelo deputado que dedicou a sua militância aos direitos humanos e que foi uma referência nessa área. Entrei em contato com ele e pedi sua autorização para reapresentar a proposta, agora em meu nome, visto que ele não é mais deputado. Autorização recebida, estou apresentando amanhã o projeto que era de Marcos Rolim. Tal mudança legal seria desnecessária se o STF tivesse julgado diferente, mas diante da decisão daquela Corte, cabe agora tentar mudar a lei. Além do mais, o Brasil está prestes a ser julgado na Corte Interamericana de Direitos Humanos e deverá ser condenado por descumprir os preceitos com os quais se comprometeu no âmbito internacional, isto é, garantir que violaçõe aos direitos humanos sejam devidamente investigadas, julgadas e punidas. A manutenção de qualquer óbice legal ao julgamento e punição de torturadores colide com os princípios do direito internacional aos quais o Brasil, voluntariamente, se comprometeu a respeitar. Não precisamos e não devemos, portanto, aguardar uma condenção da Corte Interamericana dos Direitos Humanos.
Fonte: Blog da Luciana, www.lucianagenro.com.br
Noite de vitórias na Câmara!
05/05/2010
A primeira vitória da noite de ontem foi a aprovação do reajuste de 7,7% aos aposentados, um pouco acima do que o governo desejava. Nossa posição foi votar sempre pelo reajuste maior, por isso votamos também a favor da emenda que propunha o reajuste 8,77%, que acabou derrotada. Mas o critério que defendemos foi o fim da desvinculação do reajuste das aposentadorias com o salário mínimo. Essa desvinculação foi feita por FHC e mantida por Lula, e acaba causando um arrocho nos aposentados.
Mas a maior vitória foi o fim do fator previdenciário! Aqui, cada um mostrou a sua cara. O PSDB foi coerente, pois foi FHC quem criou o fator, e eles seguiram defendendo este mecanismo perverso. Já o PT, foi contra quando era oposição, e agora o líder encaminhou a favor da manutenção do fator. Alguns deputados do PT acabaram votando contra a orientação do líder, mas vários fugiram, simplesmente não pareceram no plenário para votar. Alguns até voltaram depois, para votar o ficha limpa. Confiram como votou, e como não votou, cada um.
A aprovação do texto base do ficha limpa também foi uma vitória importante. Mas ainda há um caminho a percorrer, pois há vários destaques a serem votados, inclusive um do PSOL que suprime o efeito suspensivo,incluído pelo Relator José Eduardo Cardozo, que permite que os condenados em segunda instância recorram e possam obter o efeito suspensivo para concorrer.
Fonte: Blog da Luciana, www.lucianagenro.com.br
A primeira vitória da noite de ontem foi a aprovação do reajuste de 7,7% aos aposentados, um pouco acima do que o governo desejava. Nossa posição foi votar sempre pelo reajuste maior, por isso votamos também a favor da emenda que propunha o reajuste 8,77%, que acabou derrotada. Mas o critério que defendemos foi o fim da desvinculação do reajuste das aposentadorias com o salário mínimo. Essa desvinculação foi feita por FHC e mantida por Lula, e acaba causando um arrocho nos aposentados.
Mas a maior vitória foi o fim do fator previdenciário! Aqui, cada um mostrou a sua cara. O PSDB foi coerente, pois foi FHC quem criou o fator, e eles seguiram defendendo este mecanismo perverso. Já o PT, foi contra quando era oposição, e agora o líder encaminhou a favor da manutenção do fator. Alguns deputados do PT acabaram votando contra a orientação do líder, mas vários fugiram, simplesmente não pareceram no plenário para votar. Alguns até voltaram depois, para votar o ficha limpa. Confiram como votou, e como não votou, cada um.
A aprovação do texto base do ficha limpa também foi uma vitória importante. Mas ainda há um caminho a percorrer, pois há vários destaques a serem votados, inclusive um do PSOL que suprime o efeito suspensivo,incluído pelo Relator José Eduardo Cardozo, que permite que os condenados em segunda instância recorram e possam obter o efeito suspensivo para concorrer.
Fonte: Blog da Luciana, www.lucianagenro.com.br
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